sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Noite

Eu quero só deixar a ideia de que acho sempre surpreendente a quantidade de gente que apanha o comboio a tardes e más horas. Infelizmente é quando muitos conseguem ir para casa depois de um longo dia de trabalho.

Eu confesso que penso sempre na força que muitas daquelas pessoas tem para aturar a vida. Não é fácil... Mas tem de ser...

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Quando se ouve uma voz profunda...

No caso dos comboios e metros a pessoa que nos está a conduzir é um ser etéreo que existe algures numa dimensão diferente da nossa.

Quando se ouve a voz dessa entidade, geralmente por maus motivos, é curiosamente quase sempre uma voz profunda e gutural, sei lá eu porquê.

É estranho mas é um momento alto das viagens de transporte. Aquela pessoa existe e está a falar connosco! É um momento importante e que não esquecemos com frequência.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Estações e paragens e espaços púb(l)icos

Se há coisa que eu gosto e aprecio e agradeço é coisas limpinhas!

Pode ser tudo muito bonito e engraçado mas se não for limpinho não me alicia para o que for. E se há sítio onde tenho ânsias compulsivas de limpeza é nas paragens, estações, apeadeiros ou afins de transportes públicos.

Aquilo dá vontade de meter uma daquelas máquinas de pressão que sai água com força suficiente para me levantar e manter no ar e limpar até a pastilha mais encrostada, do tempo dos reis, ainda.

Nós até temos estações bonitas e engraçadinhas mas estão tão javardadas que mete dó. As pessoas não têm qualquer cuidado - um dia ainda me hão de explicar porquê - e fica tudo num estado lastimável. É pena, eu até acho as coisas bonitas...

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Mais conversinhas

E tenho mais a dizer sobre isto! Qualquer evento aleatório serve para muita gente meter o bedelho e começar uma conversa sobre qualquer coisa aleatória e nós, pelo menos eu, sentimo-nos na obrigação de não deixar a pessoa pendurada.

Mas não, o tempo não me chateia muito, os aumentos são chatos e o país vai mal, é verdade. Mas ao fim do dia quando estou cansada a ir para casa só me apetece sopas e descanso! Não levem a mal!

Conversinha? Não?

Há pessoas que são sozinhas no mundo. O ponto alto de confraternização é nos transportes públicos. Resultado? São 7h da manhã, está uma pessoa ainda com a alma na cama e alguém a meter conversa com as coisas mais aleatórias de sempre. Não.. Voltem mais tarde.. Não há condições!

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Lugares escuros e isolados

Quem é que não entrou num comboio, por exemplo, e viu um ou dois lugares vazios mas quase impossíveis de atingir pela barreira formada pelas pessoas sentadas nos lugares ao lado?

Isto acontece-me com bastante frequência e noto que muitas pessoas ficam mortinhas por se sentar mas havendo muita gente ali à volta e se uma das pessoas for grande ou tiver um aspecto mais "ameaçador" já não há vontade de sentar que resista.

De coisas assim já me aconteceram situações maravilhosas. Nunca me esqueço de estar num comboio cheio até cima, tudo a empurrar-se uns aos outros e assim que entrei vi três lugares vagos. Não estavam a ser usados porquê? Porque no lugar da ponta estava um senhor - devia ter genes de gigante, tinha tranquilamente 2 metros e era encorpado que nem um lutador de wrestling - e estava completamente esparramado. Sentado num lugar, pernas abertas a ocupar o espaço dos bancos todos, braço apoiado na cadeira ao lado. E dezenas de pessoas à volta entaladas nos corredores. Já por natureza sento-me se houver lugares vazios e naquele dia nem sequer estava muito bem disposta.

Foi só pedir com lincença e a pessoa muito contrariada - notava-se que estava a gostar de mostrar o poderio - lá se endireitou e deu lugar para que me sentasse. Logo a seguir outros aproveitaram mais dois lugares que ainda ficavam vagos. Não sei se os instintos daquele senhor se viraram contra mim naquela viagem mas também não estava preocupada com isso. Que eu saiba ninguém comprou o comboio.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Conversas e mais conversas ainda

Eu quando encontro algum amigo gosto de conversar com ele. Gosto de fazer a conversa de circunstância para saber como está aquela pessoa e depois provavelmente a conversa evolui para outros assuntos. E é perfeitamente normal que não sussurremos mas por favor, não é preciso gritar! Qual é a necessidade de espalhar o conhecimento de uma pessoa com o comboio inteiro. Não há!

Portanto sim  senhor, encontrem-se, sejam felizes por estar com quem mais gostam mas não gritem durante meia hora a dizer que estão mesmo felizes. Não é preciso. Gritar uma vez até aceito, sim senhor, meia hora já é demais!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Julgamento gratuito

Ainda um pouco naquilo que disse ontem e para realçar o quanto isto me atrofia hoje tive uma senhora que durante o tempo que estava à espera ao pé da porta para sair passou cerca de 2 minutos inteiros a olhar-me de alto abaixo. Eu não estava vestida de maneira estranha, podia mas não, não tinha nódoas na roupa, não vi nada que pudesse levar a tão grande escrutinio por parte da senhora.

Eu fiquei a olhar para a senhora enquanto me avaliava pela sexta ou sétima vez e quando finalmente decidiu olhar para os meus olhos ficámos um pouco a olhar uma para a outra. Ela com o seu ar de reprovação e eu de surpresa e confusão. Ainda estou para perceber o que raio é que eu fiz à senhora para levar com aquela avaliação silenciosa mas detalhada de corpo inteiro.


terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Staring people

Eu tenho noção que às vezes pode passar por mim alguém que por algum motivo me chama a atenção e paro os olhos nela por mais do que dois segundos. Mas assim que passa o limite dos 5 segundos já chega, está mais do que vista e é tempo de seguir em frente com a vida. Por muito peculiar que a pessoa possa ser.

Agora, há pessoas que não se contentam com 5 segundos. Muito menos se contentam em olhar uma só vez. Há pessoas que por algum motivo são capazes de passar uma viagem inteira a olhar para uma pessoa em específico. Eu não gosto, de todo, quando isso acontece comigo. Conheço aquela pessoa e devia ter dito alguma coisa? Estou vestida de maneira estranha? Tenho um pedaço gigante de alface preso nos dentes?

É desconfortável, aquela atenção toda de uma pessoa que nunca vi na vida atrofia-me. Não me façam isso. Vá lá ...

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Mudança de horários de transportes

Estes sim são piores. Porque ficamos com os horários bem assentes na cabeça, já sabemos a que horas, durante todo o dia, e com as diferenças entre semana e fim de semana. E depois tumbas! Ah, vamos mudar os horários. Isso é que mata uma pessoa..

São horas e horas de trabalho. São muitos dias a perder o comboio por segundos. É muito tempo investido nesse conhecimento. Um trabalho dessa escala não pode ser assim desprezado e espezinhado. Vá lá que a sério e a destruir-me completamente o esquema só me aconteceu uma vez mas ainda estou traumatizada.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Mudanças de horários

Quando por algum motivo temos de mudar os nossos hábitos há sempre coisas que nos fazem comichões. No meu caso os horários dos transportes que apanho também é um desses casos. Se eu sei que tenho de me levantar às X horas para estar às Y horas no sítio onde quero mas agora me mudam o Y isso obriga-me a mudar o X e tudo o que se ajusta com ele. Porque é que as coisas não se mantém fixas, assim os ciclos não se desequilibravam. Com as mudanças anda sempre tudo desregulado...

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Entradas, são só entradas

Quando estamos à espera muitas das vezes forma-se uma fila, como é normal, para entrar no respectivo veiculo por ordem de chegada, como faz sentido. Há uma boa parte da população que não percebe o conceito, o que é uma pena.

É simples, eu explico: eu chego primeiro, eu entro primeiro. A pessoa que chegou a seguir a mim, entra a seguir a mim. Se foi a última pessoa a chegar imagine quando entra? Em último, exactamente. Não é dificil pois não? Então parem de me empurrar e de me passar à frente!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Frio e mais frio

E quando temos de esperar muito tempo? E se isso coincidir com o inverno mais rigoroso que conhecem?

Deixo a pergunta enquanto vou descongelar os dedos!

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Quão estranho é?

Ainda um pouco naquilo que falei ontem dos lugares até que ponto vamos mesmo para o lugar queremos - por panca, para apanhar sol, o que for?

Porque imaginemos a situação: comboio vazio e o meu lugar está vazio. MAS há uma pessoa sentada no lugar imediatamente ao lado.

Situação desconfortável de ir sentar-me mesmo ao lado da única pessoa no comboio - ainda acha que me estou a fazer a ela - ou não ir para o meu lugar?

Eu sei que eu cedo o meu lugar numa situação assim mas não sei até que pontos todos o farão ...

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Lugares há muitos seu palerma!

Qualquer transporte tem vários lugares disponíveis mas nós insistimos que gostamos de ir num lugar específico - eu pelo menos sei que tenho essa panca e noto que não sou a única.

É parvo e não te sentido mas that's my spot. Não precisa de fazer sentido.