sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Aquelas estranhas paragens...

Não são as paragens que quando há uma avaria, são as paragens que nos parecem aleatórias.

Muitas das vezes damos conta que passa um qualquer comboio e que provavelmente isso é a causa de termos ficava uns minutos parados no meio de nenhures. Mas então e quando nada se vê a passar?

Isto de certeza que tem uma explicação razoável, eu é que não a conheço e isto depois parece-me estranho. Mas fico sempre à espera de ver uns mantos negros a aparecer na janela, estilo Dementors no terceiro livro/filme. Isso é que era, mas nope, nem isso.

Assim não brinco...

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Malas e malas

Eu geralmente ando de mochila o que se for às costas pode ser um bocado chato em questões de espaço, que nos transportes muitas das vezes escasseia. Opto, quase sempre, por ter a mala aos meus pés, sossegadinha, vá sentada ou de pé. Mas ainda assim as mochilas nem são o pior - embora aborreçam imenso, de vez em quando.

Então e malas gigantes, de viagem? Eu até percebo, não têm culpa de que as malas sejam grandes, mas podiam ter o mínimo de decência de as por num sítio que não de passagem.

Já por várias vezes que isto me aconteceu: eu não consigo ir para um dado corredor porque tenho uma parede de malas a impedir-me a passagem. Não pessoas! Não. Há zonas do comboio para quem leva coisas volumosas! Vão para esses lugares! Não custa assim tanto!

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Lugares quentes

Quando temos de andar em hora de ponta em transportes públicos e queremos descansar um pouco os nossos membros inferiores acabamos por estar à coca de quando é que alguém vai sair e deixar um lugarzinho para nós.

O que é que acontece nesse momento? Aquela sensação estranha - que eu não consigo achar confortável, de todo - do cntacto de calor rabal da pessoa que lá estava com o nosso.

Eu cá não sou fã. Mas ainda sou menos fã de ser esparramada contra pessoas ou de me dobrarem os livros enquanto estão na minha mão.

Mal por mal.. Aqueçamos as partes traseiras ...

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Rezas

Muitas coisas entretém quem anda de transportes e uma delas é rezar. Não é muito comum mas acontece. Há pessoas, geralmente senhoras mais velhas, que vão a fazer a sua rendinha ou vão só a apreciar a paisagem enquanto vão murmurando um terço. 

Mas o que me espantou mais, há uns dias, foi um jovem. Rapaz de  anos, mais ou menos, com um terço na mão e toda a viagem que fez foi de cabeça para baixo rezando calmamente. Não que murmurasse, como as velhas que falei, apenas se via o dedo a passar para a conta seguinte do rosário. 

Isto no fundo não tem nada de grande relevância mas no meio do ambiente que é normal apanhar nos transportes é um contraste bastante forte. A calam daquele rapaz em comparação com a agitação de tudo o que se mexia à volta dele. Foi engraçado. 

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

As portas fecham!

Os comboios têm aquelas portas entre carruagem, estranhas e às vezes com uma resistência incrível a deixar-nos passar para onde queremos. O que eu não sabia era que essas portas podem ser fechadas!

Há uns tempos alguém tinha tido uma crise de vómito e deixou uma carruagem inabitável ainda que por segundos - parece que ficou mesmo muito mau - e eu que ia na minha vidinha e sabia lá, ao entrar para o comboio, que alguém tinha feito tal coisa, vou a tentar abrir uma daquelas portas e não abria. Ainda pensei que fosse falta de força mas não! Têm uma chavinha estranha e conseguem fechar aquilo. Fascinante, as coisas simples com que eu me fascino!

(Numa situação destas por favor não tentem arrombar a porta porque há uma carruagem completamente vazia ao vosso lado, se está fechada é por alguma coisa! E muito menos precisam de se chatear com as pessoas que vos estão a avisar que a porta não vai abrir, por muitos encontrões à filme que se dê naquilo!)

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Entradas e saídas == Porrada!

Pessoas, entrar e sair do comboio é simples e não implica andar à porrada.

Deixai as pessoas que estão no comboio sair. Depois as pessoas que estão de fora entram, ordeiramente, não precisam de empurrar ou andar a roçar tudo quanto é mala e barriga nas outras pessoas.

Eu cá não sei quanto às outras pessoas mas eu realmente não quero andar com ninguém que não conheço de lado nenhum a roçar-se em mim. A sério. Não!

E também não gosto de ser agressiva para as pessoas que me empurram mas depois tem de ser! Por isso, não! Ok?

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

6h!

Ninguém merece apanhar o comboio antes das 7h30. Ninguém!

Temos sono, queremos voltar para a cama EEE pior que isso, por esta altura do ano ainda é de noite lá fora! Eu não devia estar fora da cama antes do Sol!

Tenho dito!

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Malhas e rendinhas

São muitos os entretens que se apanham no comboio e tipicamente este é de senhoras com alguma idade. Mas sacam do seu saquinho, de onde sai uma linha que lhes dá a volta ao pescoço e acaba numas agulhas a fazer um cachecol, uma camisola, umas botinhas o que for. Ou então um napron para as mesas lá de casa que dá sempre muito jeito para enfeitar.

É uma coisa que já não se usa muito mas que se vê tanto, ainda. E ainda bem, é engraçado, e fazem-se coisas lindíssimas com o raio das agulhas! Eu ainda não sei fazer grande coisa disso, mas um dia aprendo. E vou fazer para o comboio.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Extreme Makeover - CP Edition!

Ainda um bocado no que foi dito ontem há um fenómeno engraçado que já vi várias vezes: pessoas que entram uma Ana ou uma Maria e saem dali uma Cher, uma Madonna, uma Paula Bobone!

Sejam meninas que não se podem maquilhar em casa para os pais não verem como andam na escola ou pessoas que não tiveram tempo de tratar disso em casa é um fenómeno estranho. Começa sempre da mesma forma: entrar, discretamente, sentam-se, olham à volta como quem não quer a coisa, vêm a paisagem que passa na janela e sacam da mala uma bolsinha mágica. Dali vão aparecer as caras lindíssimas com que nos cruzamos na rua! Aqueles pós estranhos, escovinhas com nhanha ou lá o que seja que aquilo traz, e fazem milagres.

Deviam fazer um programa assim, porque só com um mini espelho e mistelas várias algumas fazem maravilhas. E em movimento. Há pessoas talentosas, realmente!

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Enfiar um lápis no olho?

Se há coisa que me faz uma boa dose de confusão é pessoas que vão nos transportes a pintar os olhos. Pelo menos se for com lápis. Aquilo é um objecto afiado a ser aproximado dos nossos olhos, muito propício a que numa travagem brusca alguém vá experimentar a textura da córnea!

Eu não quero agoirar, nem quero que aconteça a ninguém mas também não quero levar com um olho em cima da próxima vez que haja uma travagem!

sábado, 18 de outubro de 2014

Pessoas a entrar e a sair!

Nos transportes públicos é bastante fácil de perceber qual o melhor esquema para ninguém ter de andar a empurrar outros nas entradas e/ou saídas. Pessoas que vão entrar, esperam que as pessoas que estão a sair acabem de sair. E não se esgadunhem para passar primeiro. Nao é preciso. Muito menos quando os comboios vão vazios!

Além disso, evita que as pessoas andem à porrada ou logo pela manhã ou depois de um dia de trabalho. Levar encontrões chateia, ser empurrada à bruta também. É só terem 5 segundos de paciência. Não?

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Trajado!

Há muitos estudantes apanhar os transportes, muitos deles universitários. E se há coisa que muitos estudantes gostam de usar é o seu traje académico geralmente para efeitos de praxe.

Por si a coisa não tem mais do que isto. Agora quando entra um grupo de trajados a cor do comboio apaga-se e acontecem duas coisas: tudo é preto à nossa volta, com lampejos de cor esporádicos nos emblemas das capas, e o estardalhaço aumenta exponencialmente.

A sério, confiem em mim e não experimentem. Os vossos ouvidos agradecem-me!

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Bebé Chorão

Os bebés choram. Uns mais e outros menos. E alguns lembram-se de chorar durante toda uma viagem. Não que as pobres criaturas tenham alguma culpa. Têm todo o direito de chorar, não têm mais nada para fazer - quando não estão a comer ou a dormir!

Mas torna-se tão aflitivo. Pode ser chato ter aquele barulho estridente aos ouvidos, ok, mas ainda é pior pela impressão que faz. Raio das crianças. Sejam felizes! Aproveitem enquanto nem andar de um lado para o outro precisam! Vão andar o resto da vida a tentar chegar às condições que têm agora! Think about that!

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Smartphones

Qualquer macaco tem um smartphone hoje em dia. A caber ou não na mão mas tem. E verdade seja dita que aquilo dá jeito para muita coisa, embora a maior parte das pessoas use quase unica e exclusivamente para esse Rei que é o Candy Crush (ao menos tenham a decência de jogar sem som! POR FAVOR!). 

Curioso é que agora uma carruagem de comboio é preenchida por, aproximadamente, 50% de pessoas de olhos baixos para o ecrã do telemóvel. É uma coisa recente, não se via muito disto até há, mais ou menos, um ano. Ao menos não ficam a olhar para o ar!

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Leituras alheias!

Eu gosto de ler. E gosto de saber o que leem à minha volta. Aqui há tempos fiquei desiludida quando nos três lugares à minha volta todos eles estavam ocupados por leitoras de "50 shades of Grey". Aí desprezei a humanidade, praguejei internamente durante um bocado e entretanto passou.

Agora a febre dessas sombras pornográficas já passou. Não que não se encontrem Nora Roberts por aí, ou toneladas de Sparks. Mas epah, ninguém disse que a humanidade já estava no pico de inteligência.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Meia hora? Uma hora? Cinco minutos!

O tempo que se passa nos transportes pode ser uma chatice tremenda. Na maior parte dos dias vejo esses tempos de espera ó como chatos, insuportáveis até, às vezes. Mas depois de um dia comprido, que ainda não acabou, em que quando se chegar a casa há mais para fazer um comboio parece um sonho!

Seja a ler, seja a ver um filme, seja a ouvir música a coisa passa-se bem. Às vezes nem começo a praguejar internamente por causa dos atrasos nem nada. Só para se ver o efeito relaxante que isto pode ter!

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Discussões

Também as há. E não são assim poucas. Já apanhei discussões "feias" ao meu lado. E faço como farei neste post, fico sossegadinha no meu canto, não me mexo muito e deixo passar ... (I'm not here!)

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Isto é cultura!

Ainda na sequência do que disse ontem temos de ver isto como sendo uma coisa boa, ou seja, aproveitar as viagens como uma forma de cultura. Porquê? O exemplo da música é bom: já reconheci músicas no meu dia a dia que ouvi no comboio - insistentemente.

Ao menos aprendemos coisas novas, ouvimos sons diferentes, com sorte até apanhamos alguém sem phones que tem os mesmo gostos musicais connosco e poupamos bateria ao MP3 - também já me aconteceu.

Ver as coisas pelo lado positivo ... E tentar não enterrar o telemóvel de alguém na cara de alguém.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Músicas

Voluntariamente ou não toda a gente que anda de transportes acaba por ter de ouvir música. Não sei se é desconhecimento da existência daquelas coisinhas que se metem nos ouvidos para só nós ouvirmos a música ou se é medo das possíveis infecções que aquilo traz.

Mas agradecia que investigassem essas coisas. Às vezes nem a música que EU VOU A OUVIR consigo, por ter música tão alta no mundo exterior do meu.

Não, a sério! Não!

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Greve II

Depois do amor humano a revolta.

Se as greves são boas para aquecer corações e tapar narizes também são óptimas para quem tem sede de adrenalina.

Se há coisa que o típico tuga gosta de fazer é de se queixar. Mais do que isso só se houver confusão. Dias de greve são ideais. As pessoas querem ir trabalhar, estudar, passear, enfim, fazer as suas coisas e não podem. Os serviços mínimos não conseguem levar metade das pessoas que precisam deles. Resultado? Confusão! E da grande.

Pessoalmente ainda não levei nenhum tiro nem me esmagaram contra alguma porta mas já estive na primeira carruagem enquanto tentavam mandar abaixo a porta do maquinista com facas na mão. Divertidissimo, garanto! E arrepiante, também. Mas havia muita gente entre mim e a faca. Foi tranquilo. Até me conseguirem matar já muitos teriam morrido.

Pessoal dos desportos radicais: nova modalidade! Ir de Sintra a Lisboa em dia de greve! Aqui sim, sente-se a adrenalina nas veias, qual bunging jumping qual quê!

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Mais discussões

Este tópico dava para muita coisa mas hoje presenciei mais um belo momento de discussões ao telemóvel (na sequência de sexta).
Casais divorciados muitas das vezes podem ter problemas e discussões porque têm filhos em comum e por vezes as coisas podem não ser fáceis de gerir. A maternidade na adolescência também pode ser um problema, tendo em conta que muitas das vezes ainda são umas crianças que gostam de brincar e pouco mais e já se vêem no papal de pais, para o qual não estão minimamente preparados ou habilitados.
Hoje tinha uma mãe adolescente a discutir com o pai da criança aos berros ao telefone, ao meu lado. A rapariga tinha à volta de 18 anos e não tinha sequer corpo de ter filhos. Mas já tinha uma filha na escola, e com férias daqui a uns tempos há que decidir quem fica com a dita moça durante aquele tempo.
Eu achei a situação bastante triste: um pai claramente despreocupado que fica com a filha por uns dias porque pronto, fez um filho e de vez em quando lá tem de o aturar, e uma mãe infantil que faz de ter um filho mais uma guerrinha de primária como as muitas que suponho que faça na vida dela. E uma criança no meio disto tudo.

Claro que só quem as vive as que as sabe, mas por vezes é complicado gerir no meu cérebro irrequieto todas estas vidas desarmonizadas que terão mais tendência a formar crianças sob os princípios errados, ou pelo menos com algumas noções do que é esta vida ligeiramente mais torcidas do que poderiam ser. Não que o mundo seja um lugar bonito, mas todos temos os nossos oásis, certo?
No meio de tudo isto só tenho pena da criança.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

5 minutos e sei a tua vida!

Não por poucas vezes que vou calmamente no comboio e ao meu lado, ou na outra ponta do comboio às vezes, vão pessoas, conhecidas, amigas, familiares, que vão a falar de qualquer coisa das suas vidas. Como é óbvio no meio de um comboio todas as pessoas que nos rodeiam ouvem o que dizemos, se estamos a ter mega conversas sobre a nossa vida pessoal também isso será ouvido.
Mas e isso ser um problema? Não, olha agora! Vamos discutir de cor queremos as cortinas. Quando pintamos o quarto. Quando vamos ter um filho ou quanto custa o funeral da minha tia que é no sábado.
Se calhar o mal é meu que não filtro completamente aquilo que se passa à minha volta e acabo por ouvir as conversas dos outros - se a música não estiver demasiado alta ou se o livro não for suficientemente bom.
Ou então não! E as pessoas já não sabem tratar das coisas nos sítios certos. 
A sério, as pessoas que vão no comboio não precisam de saber a vossa vida. Deviam ser os primeiros a querer preservar isso. Vejam lá bem o que é que vão falar por aí. Já chega de saber quem traiu quem, quem é que morreu ou quem é que roubou. Qualquer dia viro polícia e é o descalabro!

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Os ditos niggas!

Quem anda de transportes na Linha de Sintra como eu sabe bem do que estou a falar. De certeza que já por várias vezes que a carruagem é fortemente preenchida por um grupo dos tão afamados niggas.

Querem andar cheio de ouros, piercings em todo o mamilo existente e em cantos cantos da boca que encontrarem? Ok. Por mim tudo ok. Só tenho realmente pena de uma coisa. Eu gosto tanto, mas tanto de ler no comboio. Às vezes é o único bocadinho que tenho para ler. Podem ir fazer chinfrim mas um bocadinho mais baixo. Não é por nada, eu às vezes também vou a conversar e sei que falo mais alto do que é suposto, confesso. Mas de cada vez que entram no comboio têm de estar sempre aos gritos? Os vossos amigos estão ao vosso lado, não estão em Espanha. Eles ouvem à mesma se falarem baixo. Ou não sei lá, com os decibéis que têm de ouvir todo o santo dia, já não digo nada...

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Bebés e crianças afins...

A desgraça de qualquer coração mole, como eu. Vou muito bem sentada no meu lugar quando ao meu lado / frente se senta uma mãe/pai com uma criança. Reacção automática: Estimulação das glândulas salivares de forma a produzir uma quantidade ridícula de baba; atrofio da cordas vocais com a consequente produção de sons do tipo “ohhh...” , “ahhh... ”, “oinnnn...”.
Eu falo por mim, pessoa com algum excesso de hormonas, que ter uma criança à minha beira a brincar, ou a conversar – muito seriamente - com a mãe sobre como foi o dia na escola, o que é que aprendeu com a professora, o que é que os amigos fizeram e disseram, é uma situação tão querida que não consigo resistir a esboçar, pelo menos, um pequeno sorriso. Raio destes seres em miniatura.