terça-feira, 31 de março de 2015

Mais uma

E porque Greves nunca são de mais o Metro achou por bem marcar mais uma. Não chegam as milhentas que já fizeram este ano.

Dia dez, sexta depois da Páscoa, há greve de 24h.

Já chega pessoas! Deixem a vida dos outros correr...

segunda-feira, 30 de março de 2015

Trocar ou não trocar, eis a questão

Para ir para casa tenho duas hipóteses: transporte directo, com intervalos mais espaçados entre cada um, ou fazer a viagem em dois transportes diferentes. Às vezes um dá mais jeito que o outro mas o que realmente me deixa assim ligeiramente fula com a vida é quando apanho aquele que me obriga a apanhar dois, saio para apanhar o segundo e fico ao frio a enregelar e como há sempre atrasos acabo por apanhar o directo, que podia ter apanhado se esperasse mais uns minutos e não tinha de passar frio. Tempo vs. Conforto e não se ganha em nenhum.

Not fair!

sexta-feira, 27 de março de 2015

A vida que se levanta

Apanhar um comboio assim mais tarde é uma coisa engraçada. Porque enquanto a sair do centro temos as pessoas que acabaram o dia de trabalho e só querem chegar a casa, a chegar ao centro temos a juventude toda aperaltada para ir para a night.

Estas dicotomias são interessantes, eu pelo menos sempre achei.

O olhar cansado e cheio de vontade de se meter debaixo de água quente para ir dormir contra o ar fresco e renovado de quem ainda tem umas horas valentes pela frente, lembrando-se delas ou não.

Coisas engraçadas de se ver, eu cá acho.

quinta-feira, 26 de março de 2015

E quando o livro acaba?

Já me aconteceu esquecer-me de levar qualquer coisa para ler na viagem mas acho que ainda é pior quando levamos um livro a acabamo-lo mais rápido do que estávamos a contar. E agora? Não tenho livro, não tenho mais nada para ler ou fazer...

Olhar pela janela? Olhar para as pessoas à minha volta? É giro mas precisamos de ter a disposição para isso. Naquela altura em que quero mesmo ler um livro e não o tenho... É uma sensação de castração emocional. Não se brinca com estas coisas.

quarta-feira, 25 de março de 2015

Combinar viagens

A maior parte das vezes ando sozinha nos transportes. Mesmo naqueles que apanho diariamente e muitas das vezes à mesma hora acabo por não combinar nada com ninguém, mesmo que fosse possível.

Porquê? Muitas das vezes porque as variáveis são muitas. Eu vou apanhar aquele, que é o que chega mesmo a horas, mas se calhar despachei-me dez minutos antes e consigo apanhar o que passa antes e ainda posso ir com calma em vez de ir a correr. A outra pessoa o mesmo.

Depois há uma certa tendência para as pessoas se atrasarem. Eu é raro atrasar-me, prefiro chegar meia hora antes do que cinco minutos depois, é panca minha. E não é que leve muito a mal que as pessoas se atrasem, já sei o que a casa gasta, mas não gosto. As coisas combinam-se para as X horas e não para as X horas e dez minutos. Se calhar com esses dez minutos já não dá para fazer o que queríamos ou não tão em condições.

Por isto e muito mais acabo por ir sozinha o que até tem vantagens: quando encontro alguém que CALHA a ir no mesmo comboio que eu faço uma festa! É muito mais engraçado!

terça-feira, 24 de março de 2015

Entrar primeiro ou segundo?

Quem anda em páginas de entretenimento no facebook, ou na internet de uma maneira geral, já deve ter apanhado aquela gente que ainda não saiu da primária e que portanto tem de comentar uma dada coisa primeiro do que todos os outros.

Nos transportes públicos há coisas assim parecidas. Pode estar vazio, podem estar só duas pessoas para entrar naquele em específico mas têm de ser os primeiros a entrar. Matam-se se preciso for, mas entrar em primeiro dá um qualquer prazer estranho que vicia qualquer um.

A mim não me afecta com muita força, querem entrar primeiro façam o favor, só me chateia quando: a) me empurram ou "agridem" de alguma forma; b) não têm qualquer respeito pelas pessoas que estão à volta - e ainda acham que têm razão; c) quando nem sequer pessoas mais velhas, grávidas ou afins lhes fazem ver qualquer coisa mais do que entrar em primeiro.

Enfim.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Um lugar perdido

Por mais do que uma vez nos últimos tempos que tenho momentos brilhantes para ficar de pé. Ou seja, eu entro, tranquilamente, olho em meu redor e não vejo nenhum lugar vago. Acabo por ir para um sítio onde não se vá mal de pé e assim que lá chego e olho para o caminho por onde vim vejo um lugar.

Eu não sei se eles estão camuflados aos meus olhos, se é magia ou pura aselhice mas tem acontecido com mais frequência do que gostaria de admitir.

As minhas pernas não agradecem.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Casalinhos, casalinhos

"Ah, o metro está tão cheio, amor. Temos de ir mais agarradinhos." - Tens tens, és pouco espertinho, tu!

Nunca vi ninguém tão contente por entrar num transporte público a abarrotar.

quinta-feira, 19 de março de 2015

Violência gratuita

Cada vez mais se vai vendo vídeos e relatos de que há agressões, mais ou menos sérias, a acontecer quase todos os dias em transportes públicos. A tendência de agarrar automaticamente no telemóvel e começar a gravar dá uma perspectiva mais realista do que se passa e talvez muito por isso ande a ter tanta relevância.

O que é certo é que estes casos multiplicam-se. As pessoas têm cada vez mais medo de andar na rua. Qual é a necessidade? Com que direito é que meia dúzia de bandalhos incute medo nas outras pessoas. Saem quando têm de sair, para passear há muitos que pensam duas vezes. Eu por mim fico triste que isto continue a acontecer e a multiplicar. A fé na humanidade vai-se esgotando, aos poucos...

quarta-feira, 18 de março de 2015

Pessoas que se zangam, vá-se lá saber porquê

De vez em quando criam-se situações desagradáveis com X ou Y sem grande culpa de qualquer das partes. Acontece. Depois há dias em que pessoas completamente aleatórias passam o tempo de uma viagem de olhos fixos na minha pessoa, cara de quem me quer matar e constantes barulhinhos de desaprovação.

Eu não faço ideia do porquê. Eu não fiz nada ao senhor, juro!

terça-feira, 17 de março de 2015

Mais cheiros

Já por mais do que uma vez que falei em cheiros mas geralmente vem daquela história de ser o fim do dia e as pessoas inevitavelmente não estarem maravilhosamente perfumadas que nem acabadas de sair do chuveiro.

Hoje o meu mal é outro.

Pessoas que utilizam os transportes públicos: evitem, sempre que possível e ao máximo, a libertação contínua de gases. É natural, eu sei. Não estou a dizer que não o podem fazer. Mas ir uma viagem inteira com cheiro a casa de banho consegue tornar-se muito incómodo. Quando é preciso, pronto, tem de ser, mas quando não, esperem até não estarem num espaço fechado com vinte pessoas à vossa volta sem ter maneira de fugir dali.

Agradecida.

segunda-feira, 16 de março de 2015

A noitinha...

Ficar numa estação à espera de ir para casa quando já o Sol chegou à dele é qualquer coisa de engraçado. A paisagem envolvente fica diferente, o sítio tem uma vida diferente e parece que não é a mesma coisa que vemos quando há luz natural.

Não sei bem porquê mas é uma sensação bastante agradável e reconfortante. A noite sabe bem.

sexta-feira, 13 de março de 2015

Luzes

Senhores condutores, mesmo durante o dia, e mesmo durante o verão, se passamos dentro de túneis fica tudo às escuras. Não é o calor que ilumina e muito menos já temos sistemas de passar a luz pelas paredes que formam o túnel. Se não se importarem liguem as luzes nessa altura. Eu sentia-me um bocadinho mais segura.

Muito agradecida.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Iluminação imediata

É curioso como as coisas mais pequenas nos conseguem deixar mais sorridentes e bem dispostos.

Estava só a olhar para o que se passava à minha volta quando tocou um telefone e o senhor à minha frente o atendeu. Eu não faço ideia de quem estava do outro lado mas apareceu-lhe um sorriso na cara maior do que o do Cheshire Cat.

Foi só uma chamada, um olá, e meia dúzia de palavras, mas aqueles segundos mudaram por completo aquela pessoa. Momentos pequeninos mas que às vezes dizem tanto.

quarta-feira, 11 de março de 2015

Horas diferentes, as mesmas pessoas

Já falei do estranho que é encontrar as mesmas pessoas nos mesmos sítios às mesmas horas, parece que há ali um jogo de perseguição a decorrer. Mas a melhor maneira de nos sentirmos realmente de forma estranha com isso? Irmos a uma hora diferente e encontrar as mesmas pessoas. Eu não quero dizer nada mas cheira-me que há pessoas que me andam a perseguir, é a justificação possível.

terça-feira, 10 de março de 2015

Acidentes

É sempre muito complicado que haja acidentes com os transportes públicos. É chato para quem tem de ir para o trabalho e vê que vai chegar atrasado, é chato para quem só quer chegar a casa e descansar e tem de ficar presa algures.

Mas entenda-se que os acidentes acontecem, mais ou menos, por uns motivos ou por outros, mas acontecem. E muitas das vezes a culpa não é de ninguém, são acasos são infelicidades, nada mais.

Não se virem contra tudo e contra todos, se fazem o favor. As pessoas ao vosso lado têm tanto ou mais direito a estar fulas com a vida, não precisam de mais gritaria ao pé, não acham?

segunda-feira, 9 de março de 2015

Acordar bem cedinho

Eu sempre fui muito de acordar e fazer as minhas coisas sozinha mas sei de muita gente que complemente - ou substitui - o despertador pela mãe.

De vez em quando apanha-se situações dessas: ter a pessoa que está à nossa frente / lado a acordar alguém muuuito dorminhoco do outro lado da linha. Ás vezes corre bem, outras vezes só ao fim de três chamadas é que a coisa chega a algum lado.

Às vezes penso que devia ser interessante acordar assim, com uma chamada da minha mãe. Até que sabia bem acordar com uma voz doce e meiga. Mas acho que acordar com uma chamada telefónica não me agradava muito.

Ainda assim são opções. Eu tenho despertador, há quem tenha uma mãe. Para este caso vão ambos dar o mesmo efeito.

sexta-feira, 6 de março de 2015

Pessoas demasiado parecidas

Já todos sentimos que alguém que vai à nossa frente ou que passou por nós parecia um amigo nosso. 

Eu agora dou por mim, todos os dias a que apanho um comboio a dada hora, a encontrar uma senhora extremamente parecida com uma prima minha. Resultado: de cada vez que a vejo tenho tendência para querer ir ter com ela e cumprimentá-la e tal. E depois meto os travões enquanto me lembro que já confirmei por várias vezes que são duas pessoas diferentes. 

É estranho porque são instintos que uma pessoa tem e que tem de contrariar. E a dita senhora apanha o comboio sempre àquela hora e vai para a mesma zona que eu para se sentar. É uma viagem inteira a olhar para o lado e ver a minha prima que não é. É estranho, se calhar começo a ir para outro sítio ou qualquer dia a senhora nota que olho para ela de forma esquisita.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Insconsciente

As viagens, queiramos ou não fazem parte da nossa rotina. Às vezes tornam-se de tal forma habituais que não damos por elas. Ou melhor, já as fazemos e tudo o que as envolve de forma completamente automática!

Achei piada que tinha uma senhora ao meu lado que ia embrenhadíssima a fazer qualquer coisa e entretanto começou a falar ao telefone. "Onde estás?" - "Sei lá, mas faltam duas estações." Aquele sei lá foi mesmo sentido, a senhora não tinha a mais pálida ideia de onde estava mas sabia que mais duas estações e estaria em casa. Eu instintivamente vejo que me acontece o mesmo. Pergunto-me que coisas maravilhosas o cérebro conseguiria fazer a mais se não tivesse estes pedaços de memória ocupada.

quarta-feira, 4 de março de 2015

Comidaaaa

Quando comecei a andar de transportes públicos de forma mais frequente comer lá dentro parecia-me um sacrilégio de todo o tamanho. Fui ganhando hábito ao longo dos tempos e agora pura e simplesmente nem noto. Mas eu geralmente, a comer no comboio, é qualquer coisa pequena: uma peça de fruta, uma sandes, qualquer coisa rápida e sossegada.

Mas nem toda a gente tem algumas restrições quanto a comidas. Já por mais do que uma vez que encontro pessoa com tupperwares a comer um belo duma massada, um arroz com bifinhos, qualquer coisa mais substancial.
Ainda não atingi este nível e acho que não vou atingir. Prefiro levar umas sandes mais pequenina. Soa menos mal.

terça-feira, 3 de março de 2015

Um só caminho

Às vezes há situações estranhas sem que façamos alguma coisa para realmente as provocar. Aquelas situações semi-constrangedoras que ninguém aprecia mas que acabam por acontecer. Neste caso já por várias vezes que me acontece seguir o mesmo caminho de outra pessoa e de alguma maneira estranho sinto que estou a segui-la. Eu sei que não estou mas é tão estranho entrarmos num sítio, sairmos noutro, seguirmos os mesmos caminhos para entrar noutro. 

Eu acho que não devo ser a única a quem isto acontece mas lá que é estranho é.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Ar de guia turística

Eu não sei qual é a característica na minha pessoa que dá ares de guia turística mas sem dúvida que tenho alguma.

De todas as vezes que fico à espera de alguém numa estação/paragem, seja lá o que for, há sempre alguém que me vem perguntar alguma coisa: como se carrega o cartão, como se vai para ali, qual a melhor maneira de ir para ali passando por ali, vale a pena ir de taxi, que transportes é que posso usar, ...

Eu até nem me importo, verdade seja dita mas gostava de saber qual o motivo disto. Se calhar devia dedicar-me ao turismo.