Espirros, constipações e germes vários

Nesta altura do ano anda tudo de ranho no nariz, lenço na mão meio húmido sempre a jeito, olhos lacrimejosos e sucessões de espirros, tosses ou fungadelas ao longo do dia.

Eu tenho o mau hábito, que não largo nem por nada, de dizer o típico "Saúde!" quando alguém espirra. Se for num transporte público cheio de pessoas que não conheço acabo por fazer o mesmo mas o meu dizer sai num volume muito mais reduzido para não haver situações desconfortáveis com desconhecidos.

Ainda assim nesta altura isto é um péssimo hábito. Eu quero que as pessoas sejam saudáveis e tenham toda a saúde do mundo - até porque co-habitam comigo no mesmo espaço fechado todos os dias durante umas horas - mas com tanto espirro à minha volta vejo-me sem mãos a medir, ou ditos, não sei.

Verão, onde estás?

Luz intermitente

Dei por mim sentada num lugar com uma lâmpada em cima de mim que acendia e apagava quando lhe dava na real gana.

Há pessoas que ficam cheias de dor de cabeça com essas coisas ou que ficam verdadeiramente incomodadas porque faz impressão nos olhos. A mim nunca me fez confusão ter uma luz intermitente sobre mim.

A única coisa que me fez notar que aquilo estava a acontecer foi o facto de já ser de noite e cada vez que a luz apagava eu ficava na semi-escuridão. Parecia um bocado aquela parte do filme de terror em que coisas estranhas começam a acontecer e de algures sai um tipo com uma moto-serra para estraçalhar pessoas. O que não aconteceu, e agradeço ao preço das moto-serras por isso!

Chega, chega

Há pessoas que são maiores que outras. Se a pessoa for grande o suficiente é fácil que quando se sentar ao nosso lado vá roçar na nossa pessoa. Mas há pessoas pequeninas e até nem muito mexidas que devem ser umas friorentas do pior. Qual é a necessidade de passar uma viagem inteira coladinhas a mim? Eu não sou assim tão gira ou tão jeitosa para isso. Não sei se é falta de afecto mas se me pedirem um abraço eu dou, a sério.

É só dizerem alguma coisa. Dou abraços fenomenais, não precisam de ter vergonha!

Olhos no chão, pessoas!

Olhando para as pessoas que andam à minha volta nos transportes públicos noto uma tendência crescente para parecer que estou a olhar para carneirinhos de praxes que não podem levantar os olhos do chão. Não é que ande ninguém atrás deles a impedir que façam o que quer que seja mas os Smartphones estão nas mãos e as mãos geralmente estão à linha da cintura ou abaixo. 

Faz um efeito visual engraçado. Estranho, é certo, porque não faço ideia do que se passa à minha volta mas ao mesmo tempo consigo ver com muito mais clareza quem é ou não careca.

Aproveite-se as oportunidades que temos.

Quero sair.. com.. licensa.. ups.. hum...

Quando chega a nossa paragem temos de nos começar a aproximar da porta, não é verdade?

Se estivermos sentados isso pode ser mais complicado porque às vezes não há muito espaço. Um faz um jeitinho dum lado, outro do outro, ou alguém se levanta. Pois que nem sempre!

Precisava de sair do meu lugar, num comboio que até ia com pouca gente, mas tinha duas pessoas entre mim e o corredor. Nem uma nem outra se dignaram a mexer mais do que 2 cm. Resultado? As minhas pernas não passavam entre as deles! Eu não sou propriamente gorda sequer, tenho pernas magritas e tal mas não passavam! Tive de esforçar e fazer um bocado de ginástica. Mas as pessoas permaneceram impassíveis. Civismo acima de tudo, é o que mais gosto ...

Acidentes

De vez em quando há atrasos, por várias vezes as vozes que nos falam de quantos minutos teremos de esperar adiantam que é com um problema na sinalização ou afins. Nós queixamo-nos, e com razão, que pagamos para ter as coisas em condições e a horas mas vejamos o reverso da medalha: se aqueles minutos a mais são a diferença entre fazer uma viagem em segurança ou ter um acidente se calhar agradecíamos os maravilhosos minutos que demoramos a chegar a casa/trabalho/escola.

Por vezes há acidentes, mais ou menos graves, mas acabam por dar para pensar um pouco.

São só parciais e chateiam como as outras!

Deixo a nota de que já andavam há muito tempo sem lixarem a vida às pessoas, perdão, sem se queixarem.

Greve parcial no metro, porque não?

Postes?

Eu sou uma pessoa relativamente baixinha. Do alto do meu 1.60 m (+/-) vejo o mundo maior do que a maior parte das pessoas. Mas há quem abuse!

Há pessoas que ficam a uns 20 cm do tecto central de comboios ou metros. Baixam-se uns bons centímetros para passar nas portas. Eu sinto-me tão pequena quando tenho essas pessoas ao meu lado. Eu já sou pequena comparada com a maior parte da população, quando me aparece alguém com mais de metro de noventa começo a sentir qualquer coisa parecida a claustrofobia.

Não alimentem as crianças com adubo. Vá lá!

Olha o meu livro, nha nha nha nha nha nhaaa

Eu sou a primeira pessoa a apoiar que as pessoas leiam mais! Aliás, sou a primeira pessoa a apoiar seriamente que os livros façam cada vez mais parte da vida de cada um, quanto mais cedo começarem melhor.

Agora sejamos honestos, se eu andar com uma edição lindíssima - que tenho - de histórias dos Irmãos Grimm é normal que até fique com ela mais à vista para me gabar. Mas vá lá pessoas, não precisam de se gabar por andarem a ler Ken Follett ou Nora Roberts. Muito menos 50 shades of Grey. Ficar activamente com o livro ao alto para mostrar que estão a ler aquilo não é preciso.

À moça que se sentou ao meu lado com um desses livros das Sombras do senhor e que fez questão de mostrar às pessoas ali à volta: jovem, as únicas palmadas para as quais ainda tens idade são as dos teus pais! Lê umas coisinhas mais interessante. Tenho um livro lindíssimo dos Irmãos Grimm, just saying.

Pechinchas!

Acho que já para sábado, dia de São Valentim, fizeram a mesma coisa mas fica aqui a nota para quem queira aproveitar: Viagens a 2 euros, ida e volta, na CP.

Vá, é uma maneira fácil e barata de ir fazer umas visitas, vale a pena!

Chegar no último segundo possível

Nós até sabemos as horas. Até sabemos quanto tempo demoramos a chegar a dado sítio. Mas é inevitável: um dia que nos atrasamos, um dia em que está a chover, um dia em que qualquer coisa aconteceu e chegamos mesmo no último segundo, depois de muita correria a pensar que já não o apanhávamos, depois da grande prova de condição física sentamo-nos e rezamos para ter um par de pulmões extra. Cansa, mas conseguimos!

Cantinhos

Eu gosto de cantinhos. Sítios rodeados de poucas pessoas e geralmente mais sossegadinhos. Quando não há cantinhos disponíveis vou para os lugares de pessoas normais e sinto-me só desconfortável.

Viva os cantinhos!

Sair daqui? Nah...

Eu geralmente saio em locais onde o respectivo veiculo já leva pouca gente. Mas sair em sítios onde temos de percorrer mais de metro e meio através de dezenas de pessoas empacotadas e mais complicado que perfurar diamante com o crânio.

Tanta conversa

Parecendo que não no meio de uma multidão e com barulho a volta as pessoas sentem-se a vontade. Quase tão confortáveis como estando em casa, ou nalgum sitio sozinhos. E realmente ficam com privacidade, ninguém quer saber do que se passa a sua volta, ninguém esta a ligar ao que seja. Mas e se se ligar? O que se ouve? De tudo, absolutamente tudo. E engraçado como no meio da multidão a sensação de isolamento persiste.

Tunos

Hoje dei por mim a pensar um pouco num assunto que muito se fala nos meios de comunicação: Praxes e gente trajada!

Em primeiro traje e praxe não são sinónimos, gosto sempre de frisar isto!

Segundo: vi um moço ao meu lado no comboio enquanto vinha para casa e este estava trajado. O olhar de repulsa de muita gente quando olhava para ele era qualquer coisa. Serem contra as praxes, sim senhor, acho legítimo e até apoio mas contra o traje? Ok, geralmente um vem com o outro. Mas e se não vier?

Pequenada

"Ah o país tem poucas crianças!" - até pode ser verdade mas as que há fazem-se sentir claramente.

Há crianças sossegadinhas, pequenos seres humanos wannabe que fiam na sua vidinha à espera de crescer. E depois há as outras. Nos transportes confesso que já apanhei pequenos sustos de ver pernas, braços, cabeças, e partes anatómicas afins nos sítios mais estranhos, quando menos estava a contar! Não precisam de fazer barulho, aliás!, é exactamente quando andam nessas explorações maravilhosas nos pordentros dos veículos que ficam mais caladinhas e aparecem sem se saber bem de onde!

Assusta mas é tão bom vê-las na brincadeira!

Ainda mais na net...

Fiquei a pensar na história da internet e vejo vantagens, como já tinha falado, mas depois penso na reacção geral a uma coisa destas. Sim, muita gente tinha utilização útil para este serviço mas depois penso na contrapartida: o facebook ia aumentar as visitas e os livros iam ficar mais em casa.

Já para não dizer que assim no tempo de transportes ao menos sou, e somos - pessoas sem internet em todo o lado - obrigadas a "descansar" um bocadinho do trabalho e a fazer outras coisas. Pelo menos não estamos ansiosos por ir ver se há mais qualquer coisa. Pelo bem e pelo mal nem sei o que prefiro!

Net? Onde é que há disso?

Em alguns transportes, em algumas estações e coisas afins já há internet à fartasana para quem quiser aproveitar. Confesso que é qualquer coisa que me alicia e que gostava de ver mais espalhado.

Hoje em dia já qualquer pessoa tem um tablet, um smartphone ou uma coisa afim com acesso à internet e convenhamos que às vezes podia dar jeito, para ver os e-mails ou para simplesmente actualizar um pouco. Muita gente já tem internet em todo o lado mas eu sou das resistentes que não tem por isso vamos a apostar nesta coisa que isto tem pernas para andar, bora lá!

Phones 2.0

Já me queixei da música em altos berros de pessoas que não sabem que já existem umas coisinhas que permitem ouvir música com mais qualidade e sem incomodar ninguém. MAS agora o mundo evoluiu, as coisas estão diferentes.

A sério!

Como?

Fácil!

Agora há phones com altifalante que estão muito na moda. Resultado? Pessoas com PHONES À VOLTA DO PESCOÇO mas a ouvir a música em altos berros na mesma!

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A má educação é demasiado gratuita

Há quem diga que já não há cavalheiros. Há quem diga que este mundo vai perdido. Há quem diga que os jovens já não respeitam ninguém. Tudo isto é verdade mas o que realmente me chateia é a má educação que ronda a maior parte das pessoas. Que tenham as suas vidas a correr mal é legítimo, não peço se sejam simpáticos, prestáveis ou que me ofereçam rosas, quero pura e simplesmente que saibam ser bem educados, falar com as pessoas e não incomodar as redondezas. Acho que é legítimo.